Patagônia Argentina
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Roteiro de viagem Patagônia Argentina

Já ouviu falar sobre a Patagônia Argentina? Se não, tenho certeza que pelo menos uma foto dos espetaculares glaciares, já viu! A Patagônia fica no extremo sul da América do Sul, dividida pela Cordilheira dos Andes, entre Chile e Argentina – sendo essa última o foco do nosso Roteiro de viagem Patagônia Argentina. As paisagens são simplesmente cinematográficas, com uma natureza única e exuberante!

Perito Moreno na Patagônia Argentina
Glaciar na Patagônia Argentina

Entre montanhas, está o paraíso gelado, com lindas águas azuis esverdeadas e suas enormes geleiras. Sem dúvida é uma experiência surpreendente para qualquer viajante. Então vou te contar em detalhes tudo que você precisa saber pra planejar sua viagem pela Patagônia – e conhecer esse destino incrível, através das cidades de El Calafate e Ushuaia.

Como chegar na Patagônia Argentina

Apesar do aumento na oferta de voos para a Argentina, não há voo direto do Brasil, portanto você vai precisar fazer uma conexão em Buenos Aires, sendo o seu destino El Calafate ou Ushuaia.

A outra opção é aproveitar a viagem pra visitar Buenos Aires e fazer uma parada por lá, como nós fizemos. Os voos internos podem ser comprados em uma companhia low cost, como a Flybondi, ou Aerolíneas Argentinas.

Os voos que saem do Brasil chegam pelo Aeroporto Aeroparque ou Ezeiza. Fique atento ao aeroporto dos seus voos, inclusive no caso de conexões – que podem ser com troca de aeroporto, já que o Aeroparque fica na parte central da cidade e o Ezeiza um pouco mais afastado.

Clima na Patagônia Argentina e quando ir

Com clima seco e vento constante, a região tem temperatura média máxima no verão de aproximadamente 19ºC, média mínima no inverno entre 0 e -2ºC. A instabilidade climática é outra marca da região – durante um único dia experimentamos sol, chuva, calor e frio.

Isso exige que estejamos sempre com roupas preparadas para qualquer situação, sendo recomendado usar roupas impermeáveis a depender do passeio, inclusive para prevenir uma hipotermia.

Durante o verão os dias são mais longos, com pôr-do-sol acontecendo entre 21hs e 23hs – favorável para quem gosta de curtir a luz do dia. É possível sair para os passeios e ainda retornar pra aproveitar a cidade antes de escurecer.

Na Patagônia Argentina é durante o verão que acontece a alta temporada – de dezembro a fevereiro/março, portanto você vai encontrar uma maior ocupação na rede hoteleira, restaurantes cheios e preços mais altos. Por outro lado, a temperatura será mais amena, e dias com longas horas de sol.

No inverno as cidades se transformam totalmente, e Ushuaia fica coberta por neve. Se em El Calafate, durante o inverno, a atração mais esperada pelos turistas – trekking no Glaciar Perito Moreno, não fica disponível, em Ushuaia é aberta a temporada de ski e os passeios de aventura na neve.

Portanto, as estações propiciam experiências diferentes nas cidades, sendo a época mais indicada para essa viagem, segundo o seu interesse no tipo de passeio ofertado. Antes de definir quando irá, confira nos sites que vendem esses passeios, a disponibilidade dos mesmos conforme a estação.

Que tipo de roupa levar na mala

Para um roteiro na Patagônia Argentina, você irá precisar de roupa de frio, mesmo no verão. Isso mesmo, apesar do sol e a temperatura amena, o verão pode sim ter dias bem frios. Nos dias mais quentes, ainda assim, a temperatura da região com o vento constante, faz diminuir a sensação térmica.

Oriento vestir-se em camadas, sendo possível com roupas leves e finas, manter o equilíbrio da temperatura do corpo com a sobreposição das peças. De forma geral é recomendado: calça e blusa térmica (segunda pele), e fleece – que é um casaco leve, composto por fibras resistentes de poliéster que funcionam como um isolante térmico, mantendo a temperatura corporal.

Essas duas camadas vão permitir que a transpiração do corpo seja transferida para a parte externa do tecido, deixando o corpo seco. Além disso, irá manter a temperatura estável (isolante térmico). Os tecidos são leves, mas o fleece pode ocupar um maior volume na mala.

Laguna Esmeralda, Ushuaia

Pode ser adicionada mais uma camada de proteção para os dias com muito vento, como a jaqueta ou casaco corta vento (que pode também ser impermeável) – o que vai amenizar a sensação térmica causada por essa condição climática.

Além da bota de neve (ideal impermeável), são importantes os acessórios como gorro, luva, cachecol e uma legging térmica completa a composição de forma confortável.

Adaptando as camadas conforme a temperatura do dia, você vai se sentir aquecido sem carregar muito peso, como os casacos comumente utilizados. Além disso, caso a temperatura suba ao longo do dia, você pode retirar uma ou outra camada, e continuar com a roupa adequada ao passeio. É possível alugar essas roupas que mencionei, e o valor é cobrado por dia.

Para não esquecer nenhum item, assim como checar todos os documentos que você pode precisar, confira o post https://insulinanamala.com.br/guia-mala-perfeita-diabetes/.

Câmbio na Argentina

A grande flutuação do câmbio na Argentina não é novidade, e a grave crise econômica vem derretendo a moeda, aumentando a atratividade para os turistas. Mas até um tempo atrás tínhamos duas opções: fazer o câmbio nas casas oficiais ou correr o risco trocando moeda no câmbio paralelo, se sujeitando à possibilidade de receber notas falsas, na busca de uma melhor cotação.

Pois bem, tenho boas notícias e mais opções pra você fazer seu dinheiro render! As bandeiras Visa e Mastercard fizeram um acordo com o Governo Argentino para que ofereçam aos viajantes uma taxa próxima ao “câmbio paralelo”, o que aumenta o poder de compra do turista, incentivando gastos, e atrai mais dólares para a economia formal, que precisa de reservas na moeda americana para estabilizar o peso.

Essa taxa de câmbio diferenciada é consideravelmente superior à oficial, e ainda traz mais praticidade ao turista que não precisa carregar maços de dinheiro, e pode se preocupar menos com a disponibilidade do dinheiro à vista para suas compras.

Fizemos o teste com as duas bandeiras, e na prática a diferença entre elas é a seguinte: enquanto a bandeira Visa faz a conversão na hora (de peso para dólar, e de dólar para real), a Mastercard faz o lançamento da compra usando a cotação oficial, e depois entra um lançamento do estorno, conforme a diferença gerada pelo câmbio mais favorável. Durante a nossa viagem, a Visa tinha uma cotação melhor que a Mastercard.

Além disso, quem paga hospedagem com o cartão de crédito fica isento do pagamento do imposto sobre valor agregado (IVA), cerca de 21% – o que sempre acaba impactando no custo total da viagem em outros países. Conseguimos economizar cerca de 40% do valor esperado (reserva feita no booking para pagamento no local).

Sobre a Western Union

Western Union na Argentina
Ponto da Western Union na Argentina

A outra forma disponível, e mais utilizada por nós, é fazer a remessa de recursos através da Western Union (https://www.westernunion.com/br/pt/home.html). A Western Union é uma tradicional empresa de transferência de dinheiro, presente em mais de 200 países, e tem sido a opção preferida pelos viajantes quando o destino é a Argentina. Fizemos uma previsão dos custos com passeios, alimentação e compras, e fomos enviando os valores através de transferência via pix.

A transferência é feita de forma muito simples pelo aplicativo, escolhendo a opção: enviar dinheiro/receber em uma loja/transferência via pix. Informando o valor da operação você verifica a cotação naquele momento, os custos totais do envio – tarifa e IOF (1,1%), e é informado também o valor que você vai sacar em pesos.

Confirmando, basta enviar o pix da sua conta no Brasil para a chave da Western Union e em aproximadamente 30 minutos o recurso está disponível. Você recebe por e-mail a conclusão e a chave que identifica sua transferência.

Em Buenos Aires recomendamos a Western Union que fica na Avenida Córdoba, Recoleta. Em El Calafate há dois pontos pequenos credenciados na avenida principal, próximos um ao outro. Já em Ushuaia há uma unidade dentro do Carrefour, que funciona inclusive aos sábados, até 22hs.

Alguns restaurantes e lojas na Patagônia Argentina também aceitavam receber em real ou dólar. Confira a cotação antes! Chegamos a encontrar locais com boas conversões, portanto que valiam a pena usar nossa moeda e guardar o peso.

Dicas importantes:

– O saque precisa ser do valor total de cada transferência, e alguns lugares possuem limite de saque. Nós fizemos algumas transferências para dividir o valor e evitar esse problema;

– Há muitos pontos da Western Union espalhados pela Argentina (próprios e credenciados), basta você consultar no app e achar pela localização que você deseja. Consulte antes da viagem onde você irá sacar para seu planejamento. Não é preciso identificar o local no momento da transferência (o saque pode ser feito em qualquer ponto);

– Dê preferência às lojas próprias da Western Union (se assemelha a uma agência dos Correios). Elas são maiores e assim costumam ter mais dinheiro disponível;

– Confira o horário de funcionamento, e se possível, vá na parte da manhã. Pode ocorrer um grande movimento de saques e o local não ser reabastecido com notas;

– Se planejar fazer o saque durante uma conexão, tenha algum tempo disponível para imprevistos. Nós precisamos passar por seis pontos da Western Union para realizar os saques (encontramos indisponibilidade de sistema e de dinheiro);

– E a dica de ouro: seja persistente se te disserem que o dinheiro acabou enquanto aguarda na fila! Foi o que aconteceu na nossa sexta tentativa, e permanecemos no local, enquanto várias pessoas foram embora. Nos separamos para atendimento no balcão (o que aumentou nossa chance de levantar os valores), e conseguimos sacar as transferências uma a uma.

Considerando todas essas dicas, recomendamos muito utilizar a Western Union. Apesar dos inconvenientes que passamos, e do grande volume de notas que precisamos carregar, a cotação era realmente irresistível! Conseguimos em Fevereiro/2023 a cotação de 71 pesos por real, enquanto o câmbio oficial estava em torno de 35 pesos.

Transporte

Assim que desembarcar você vai precisar de um transporte até o hotel.  Então vou mencionar todas as formas disponíveis pra que você faça sua escolha.

A primeira delas, você pode reservar o transporte antes da sua viagem, em sites como o da decolar, civitatis. Geralmente os sites possuem opção de transfer privativo ou em grupo (que vai ter um menor custo, mas exigir a chegada de todos antes da saída, assim como parada no destino final de cada um).

Outra opção é contratar o transfer diretamente no desembarque. Logo na saída você vai ver alguns balcões oferecendo esse serviço, com preço tabelado conforme a região da sua hospedagem. Assim que fizer o pagamento  ao atendente, um chofer te encaminhará até o carro, que fica estacionado logo ali na frente, para irem ao hotel.

Além disso, você pode usar táxi ou remis, que também ficam na saída do aeroporto. A questão de precisar usar moeda e, portanto, receber troco, é muito criticada pela possibilidade de receber de volta notas falsas, além de poder ocorrer a cobrança de outro valor no decorrer do percurso, ou andar mais do que o necessário para gerar um valor maior na corrida.

E por último, é possível ainda usar o serviço de transporte por aplicativo, Uber ou Cabify – sendo que esse último você não deve conseguir pegar se a opção for pagamento no cartão de crédito.

Tivemos essa experiência e passamos um bom tempo com cancelamentos sucessivos por diversos motoristas, que não querem receber o pagamento via cartão.

O Uber funciona muito bem, e usando o cartão Visa foi a melhor cotação (como mencionado anteriormente). Para pegar esse transporte no Aeroporto Aeroparque, você precisa andar até o portão de desembarque nacional, onde é o ponto de encontro.

Dica de transporte na Argentina ao desembarcar

Hospedagem

Em uma viagem pela Patagônia Argentina há opção de hospedagem para todos os bolsos, desde hostel, apartamento inteiro no airbnb, pousadas e hotéis mais luxuosos. Quanto maior for a antecedência que você pesquisar, maior a chance de encontrar opções disponíveis, tanto de preço, quanto de localização.

Conforme a experiência que tive, recomendo que em El Calafate você se hospede na região central, podendo abrir mão de um pouco de conforto em prol de uma melhor localização. Os passeios em El Calafate são longos, portanto você passará pouco tempo na hospedagem. Os principais restaurantes e tudo mais que a cidade oferece (bares, sorveterias e lojas), estarão em um trecho curto na Avenida Saint Martin. Priorize a praticidade no acesso aos locais.

Já em Ushuaia, a maior parte dos passeios costuma durar meio dia, portanto, se optar pelos passeios na parte da manhã, logo estará de volta, podendo usufruir da sua hospedagem uma parte do dia. 

Escolhemos um resort que oferece área de spa, atividades ao ar livre, caminhada ao Glaciar Martial, e aproveitávamos sempre uma parte da tarde para relaxar. Portanto, nesse destino, fez diferença o que era oferecido pelo hotel, que tinha inclusive um transfer em horários pré-definidos para a parte central da cidade.

Se o seu hotel dispuser de spa, piscina ou sauna, não esqueça de levar roupa de banho. Eu esqueci e precisei procurar nas lojas pra aproveitar melhor as comodidades da hospedagem.

Sobre as reservas, fizemos pelo booking, para pagamento no local. O resultado foi quase 40% de desconto em relação ao valor original das reservas. Ficamos isentos do IVA, e o acordo feito pelas bandeiras com o governo argentino permitiu ainda uma boa taxa de conversão (converte o valor para dólar, depois para real e optamos no final pelo pagamento no cartão em peso).

Alimentação

Dicas de restaurante na Patagônia Argentina

Uma verdade absoluta em qualquer viagem para a Patagônia Argentina, é que você irá comer muito bem, sempre acompanhado de bons vinhos e ótimos preços! Vamos deixar aqui indicação dos restaurantes que fomos, e logicamente, aprovamos:

El Calafate:

Mako Fuegos y Vinos – ambiente requintado, onde você já é recebido com uma taça de champagne. Wagyu e as melhores carnes sempre com ótima apresentação!

Kau Kaleshen Restaurant y Casa de té – É um restaurante anexo à pousada Kau Kaleshen, que tem uma sequência deliciosa de fondue.

Casimiro Bigua e La Tablita – famosos cortes de carnes argentinas e cordeiro patagônico.

Ushuaia:

El Viejo Marino – lá você pode experimentar a famosa centolla (que é como um caranguejo gigante) e a merluza negra (pescada em água geladas e profundas).

Yagan Resto – ambiente simples, mas que surpreendeu no sabor, com um chorizo feito em cozimento lento (defumado por 6 horas).

Le Martial (restaurante do Hotel Las Hayas Resort, aberto ao público) – além da linda vista da cidade, os pratos são incríveis. Destaque para o risoto de ossobuco e uma tábua do mar que acompanha merluza negra, camarões e vieiras.

Aqui a dica fica sendo reservar os restaurantes com antecedência, pra que você consiga experimentar todos aqueles que planejou, e desfrutar de cada experiência. As empanadas também são ótima pedida, e recomendo que experimente o alfajor de doce de leite com nozes, da Fábrica de Alfajores Koonek, El Calafate. Vale dar aquela calibrada na insulina rápida!

Sobre a alimentação para os passeios, alguns incluem uma lunch box, que costumam conter suco, água, alfajor, sanduíche e uma maçã. Para os que não incluem, você pode consultar a disponibilidade para aquisição na sua pousada/hotel, e eles preparam pra que você retire pela manhã. Ou ainda comprar algo em um mercado da cidade pra levar com você.

Passeios em El Calafate e Ushuaia

Há diversas opções de sites onde você pode adquirir os passeios, sites de empresas locais ou sites que oferecem a plataforma para compra de passeios em vários países (como civitatis ou get your guide). Mas o que eu vou te contar é a forma mais econômica possível, afinal os passeios representam um valor significativo no gasto da viagem pela Patagônia Argentina.

Nesses grandes sites, como os mencionados acima, você vai encontrar algumas moedas disponíveis como opção para fazer o pagamento, considerando a cotação oficial. Então negociamos diretamente: no caso de El Calafate por meio do hotel, que fez todas as reservas pra nós, conforme contato por e-mail, e em Ushuaia com a empresa que vendia os passeios.

Ao reservar o passeio para pagamento no local, e considerando que você use nossa dica para enviar o dinheiro pela Western Union, que hoje está com uma cotação de 79,9740 pesos por real (enquanto a oficial 41,56 por real),  além de poder negociar um desconto, já que o pagamento será à vista, conseguirá uma melhor relação de conversão para pagamento.

Lembro que, conforme dito anteriormente, a cotação do cartão de crédito (apesar de incidir imposto), estava com boa conversão por conta do acordo com o país (aproximadamente 60,00 pesos por real).

Parque Nacional Los Glaciares, Patagônia Argentina

Dicas do que você poderá fazer pela Patagônia: 

El Calafate: Passeio de barco todos os lagos, Museus Glaciarium, Bate e volta para El Chalten ou Torres del Paine, Mini trekking Glaciar Perito Moreno, Visita às Estâncias e Nativo Experience.

Ushuaia: Parque Nacional Tierra del Fuego, Trem do Fim do Mundo, Navegação Canal Beagle ou Pinguinera, Pinguinera Terrestre, Expedição offroad Lagos Escondido e Fagnano, Casa de Chá do Cerro Martial, Trekking Laguna Esmeralda, Passeio de helicóptero, Museu Marítimo e Museu do Presídio.

Todos esses passeios podem ser feitos no verão, e vários outros ficam disponíveis no inverno (especialmente em Ushuaia) – como Aventura e Neve com trenó ou moto de neve, snowboard e esqui por exemplo.

Vale a pena reservar os passeios antecipadamente, pra você conseguir curtir sem preocupação todas as atividades que te interessarem. Além disso, os passeios mais concorridos (como Pinguinera terrestre) se esgotam rapidamente, visto que são disponibilizadas poucas vagas. Não esqueça de verificar se tem transfer incluído.

Observações sobre diabetes na Patagônia

Um grande problema que enfrento durante minhas viagens é o café da manhã! No dia a dia evito comer carboidrato pela manhã pela dificuldade que tenho no manejo da glicemia. Meu fator de sensibilidade difere muito dos outros horários de alimentação, e vejo diferença até mesmo quando como a mesma coisa.

Mas nesses períodos de viagem acabo querendo aproveitar o café (quem não né), até por conta das atividades ao longo do dia. E isso acaba não sendo simples, primeiro porque além de todo o impacto que já temos normalmente na glicemia, também comemos mais que o normal e coisas que geralmente não fazem parte do nosso cardápio, e que portanto desconhecemos seu impacto real.

O café da manhã na argentina sempre tem muitos tipos de croissant (as famosas medialunas), e doce de leite, perfeitos pra destruir a glicemia de qualquer um. O grande segredo está em administrar a dose correta, pra não sofrer uma hipoglicemia logo em seguida, durante o início dos passeios, seja pela ação da insulina, ou mesmo por atividades mais intensas, como longas caminhadas.

Eu mesmo, logo que iniciei o trekking no glaciar Perito Moreno, precisei ingerir um carboidrato em gel, que estava prontamente nos bolsos do casaco, e mais uma vez no decorrer da caminhada – ouvi o celular apitando, e logo veio a sensação de fraqueza e tontura. Portanto, para maior segurança, recomendo o uso do sensor, e caso tenha o Miao, não viaje sem ele.

Monitoramento durante a viagem pela Patagônia

Durante a viagem senti a diferença em fazer uso do libre, podendo monitorar continuamente a glicose, e ter segurança em todas as atividades. Além disso, com o uso em conjunto do Miao Miao é possível também receber o informe de glicose no smartwatch, sem precisar escanear o sensor (mais um fator de conforto e segurança para esses dias fora da rotina).

E considerando que no frio estamos com muitas camadas de roupa – o fabricante informa que o sensor Freestyle Libre pode escanear de 1 a 4 cm de roupa, mais um ponto para o Miao Miao que auxilia nesse quesito.

Além do conforto extremo de não precisar fazer a glicemia de ponta de dedo no frio (parece que o sangue não vai sair nunca), a velocidade de resposta tendo a medição constante pode fazer diferença principalmente em passeios de aventura, como os que acontecem na Patagônia.

Para a leitura do Miao eu uso o app Shuggah. Ele funciona sem internet e possui várias opções de alerta que você pode personalizar, gráfico de tempo no alvo e glicada estimada. Já usei o app Tomato, mas ele tem menos opções e não funciona sem rede de internet.

A temperatura não danificou ou atrapalhou as medições em nenhum momento. E para evitar que as roupas esbarrem nos dispositivos e causem seu descolamento, eu uso uma fita de proteção colada por cima, e desde então nenhum sensor se soltou do meu braço.

Apesar de El Calafate ser uma cidade pequena, encontrei insulina lantus, sensor e agulhas.  Já em Ushuaia, que é maior, só encontrei o leitor FreeStyle Libre, e sem fita disponível para venda. Portanto, recomendo a viagem com um pequeno estoque dos insumos, para evitar imprevistos que possam interromper nossa viagem.

Observações:

Lembrando que todas as referências utilizadas no Roteiro pela Patagônia Argentina consideram a data da nossa viagem, que ocorreu em Fevereiro/Março 2023. Portanto, sempre consulte as condições de cotação vigente à época da sua visita.

Com todas essas informações, você tem tudo que precisa saber pra marcar sua ida e montar seu roteiro de viagem pela Patagônia Argentina! Não se esqueça de conferir o post com dicas para a mala perfeita https://insulinanamala.com.br/guia-mala-perfeita-diabetes/

Se ficou com alguma dúvida ou quer deixar seu comentário, registra aqui embaixo que vamos adorar interagir com você! Até breve, e boa viagem!

 

Nós somos Camila e Rodrigo, um casal apaixonado por viagem e produtores do conteúdo da página. Juntos, amamos conhecer novos destinos e voltar já planejando o próximo roteiro.

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